segunda-feira, 18 de abril de 2011

essa tal de poesia

me disseram, não sei quem,
que a poesia é um bicho
arredio pra burro.
que ela não se mostra assim
tão fácil
não anda assim
tão desfrutável
em qualquer boca.
achei isso de uma arrogância.
se a poesia tivesse nariz
o nariz dela vivia empinado?
me disseram, não lembro quem,
que a poesia vive nas sombras
nos becos mais tortuosos
de um país inalcansável.
esquiva como o quê
ela, a poesia, não
se veste de qualquer palavra não se
alimenta de qualquer linguagem
nem se prende em algum
anzol de sentido.
a poesia nao peida nem caga
porque não tem cu
tem é uma tal de
cloaca.

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