segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Uma bela manhã para o reizinho

Ontem foi uma manhã linda no Rio. Nem estava aquele sol de matar, nem a chuva veio para atrapalhar. Uma brisa soprava nos jardins do Palácio do Catete. A tenda de lançamentos ficou cheia. E minha amiga Norma fez tão bonito, com seu coral "Loas e Luas". Juntos contamos e cantamos a história do Pai Francisco e Mãe Catirina. Depois contei a história do rei Sebastião, o fantasma dono de uma ilha no Brasil. Em seguida, a sessão de autógrafos. Agradeço a todos!
















quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Primavera dos livros - Rio


O lançamento de "O rei que virou lenda" será no domingo, 29, às dez da manhã, na Primavera dos Livros, nos jardins do Palácio do Catete. Um palácio para um rei. Tem coisa mais chique? O evento é realizado em São Paulo e Rio de Janeiro, pela LIBRE, que congrega mais de 90 editoras pequenas e médias. Uma forma de driblar o mercado corrosivo das grandes editoras, cruéis e soberbas. Aqui, são os próprios editores que vendem seus livros, num contato muito positivo com o público. Durante a feira ocorrem palestras, saraus e lançamentos de livros. Esse ano, o tema é a literatura de cordel, pelos 100 anos de Patativa do Assaré, o grande poeta sertanejo. Meu reizinho foi destaque aí na Veja Rio. Para ler o texto, clica sobre a imagem ou então vai na página virtual da VEJA RIO.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Poemas da bicharada

Meu blog é uma espécie de laboratório de escrita. Nele vou experimentando meus textos, o que dá certo ou o que ainda precisa ser bem melhorado. Tudo aqui é rascunho, portanto. O desejo é que no futuro, muita coisa daqui vá para o papel. A partir de hoje, vou postar uma nova série. São poeminhas sobre bichos reais ou inventados. As ilustrações são bem pictóricas,  feitas com carimbos de dedos e de borracha. Coisa pra criança de todas as idades.

O BOI
O meu boi morreu
que será de mim?
Toca o maracá, Saravá!
Que sorte ruim!
Vem, doutor Pinguço,
alisar o couro.
Venham, benzedeiras da feira,
reviver o touro.
Vem, velho pajé,
fazer pajelança.
Quero meu boizinho vivinho,
sacudindo a pança.
Vem a preta velha
Traz o seu unguento
Não quero ficar a chorar,
neste desalento.
Veio todo mundo.
Reza, fé, mandinga.
E meu boi urrou, sim senhor!
ganhou nova língua.
Viva meu boizinho!
Dança boi-bumbá.
Tudo é festa agora. É a hora
do tambor rufar!

sábado, 21 de novembro de 2009

Complete os motes. 5 revelações.

Minha querida amiga Ana Tapadas foi quem me mandou o desafio. Construir um perfil breve a partir dos motes: Eu já.../ Eu nunca.../ Eu sei.../Eu quero.../ Eu sonho... Taí a resposta. Eu só não sei para quem mandar esse desafio. Se algum leitor quiser topar, vai ser legal! Beijos a todos.

- EU JÁ vi onça pintada
vi fantasma, vi corisco.
vi bicho correndo afoito
atrás de outro bicho arisco.

- EU NUNCA fui mamunguento
nunca ri feito palhaço
nunca me borrei nas calças
nunca entrei em um palácio.

- EU SEI que já me empolguei
querendo ser sabichão.
Mas depois vi que sabido
não sabe de nada não.

- EU QUERO andar tranquilo
viajar na maionese
quero fazer peraltices,
que a vida é uma e é breve.

- EU SONHO muito dormindo
sonho também acordado.
Morfeu é meu velho amigo
Me quer sempre do seu lado.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Brevidades

Elas vêm em momentos em que estou abandonado de mim. Isso acontece geralmente quando estou no ônibus, impregnado de cenas à minha volta, ou quando caminho com o objetivo de chegar a lugar algum. Anoto as frases no primeiro papel que encontro. Depois, fico pensando nelas, no que elas lançam ao meu não-entendimento. Resolvi pegar algumas e compartilhar aqui, em forma de vídeo.

Ladainha negra


Pai de todos os povos...
do índio, do branco,
do negro e do amarelo...
ouve o clamor multicor
escuta as preces afônicas
recebe breves gemidos.

Zumbi, rei dos Palmares, grita por nós!
Negro Cosme, da Balaiada, grita por nós!
Negra Anastácia, guerreira, grita por nós!
Ganga Zumba poderoso, grita por nós!
Mãe Menininha do Gantois, grita por nós!

Todos os erês nos céus, gritem por nós!
Todos os voduns na terra, gritem por nós!
Todos os orixás no mar, gritem por nós!
Encantados, caboclos, fidalgos, gritem por nós!

Na noite negra ressoem
os batuques ancestrais.
Cometas crivem o espaço
recebendo nossos ais.

Amém, axé, aleluia!

(minha homenagem ao dia da Consciência Negra.
O mosaico de ilustração é obra Yemanjá, do artista baiano
Liu Gomes, www.liugomes.com.br)

sábado, 14 de novembro de 2009

2012

Depois de enfrentar uma semana que começou com um colapso na energia e que me fez lembrar um pouquinho do fim do mundo, pra fechar com chave de ouro, encerro minha semana assistindo o 2012, o filme. To atordoado até agora. Eletrizante, humanamente inverossímil, mas deixa a gente perplexo diante do possível fim e do poder da natureza, essa sim, maravilhosa no filme. De uma monstruosidade absurda (na verdade, o homem é o monstro aí).
A ideia de acabar com água é legal, o planeta vira uma sucessão de tsunamis que vão engolindo em poucas horas os continentes. O Cristo Redentor desaba diante do poder das águas.
Se o mundo vai acabar com água de novo, é claro que ressurge aí a ideia da arca de Noé. Ótima sacada! O problema é que não há tempo suficiente para a humanidade toda se salvar. Quem serão os escolhidos? Os eleitos para a perpetuação da raça humana são avisados, dois anos antes. Digo logo que no filme, nós, os sul-americanos não escapamos, morremos todos.
O problema desses filmes é que o cinema americano não consegue viver sem fabricar heróis. Então, já viu né: junte as artimanhas de todos os filmes do 007 e multiplique à potência máxima e vai ver os protagonistas do filme em ação. Aí é que não dá mesmo pra aguentar. Raios, fogo, prédios explodindo e desabando, o mar engolindo a terra. E nossos heróis lá, quase ilesos.
Eu queria saber o que se passa na cabeça de um roteirista desses ao fazer gente que não deveria existir nem na ficção. Dá raiva!

sábado, 7 de novembro de 2009

Meu segundo livro chegou!!!

Oi. Preciso contar. Minha língua coça.  Saiu pelas Paulinas. É um auto de Natal inculturado. José e Maria são dois sertanejos e partem para a cidade de Belém do São Francisco, onde tem água em abundância. O Diabo prepara uma cilada para impedir o nascimento do Menino, mas o Jegue é esperto e reconhece o cramunhão em todos os seus disfarces.  Tem indicação de músicas e letras compostas por mim para serem musicadas.
O tema é inspirado nos autos medievais e as falas são todas construídas em versos que lembram os ritmos das manifestações populares: valsinha, chegança, reisado, ciranda, bumba-meu-boi, canção de ninar...
Segue um link para a editora: Paulinas
O título:"Cirandeira do Menino-Deus".
Onde: Livrarias Paulinas.
Palavras-chave: Natal, sertão, presépio, cultura popular, bumba-meu-boi, teatro.