sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

A ilha, os ilhéus e eu


Sol, areia, água, peixe, camarão, caranguejo, guarás, garças, barcos, vento...
Lua, estrelas, cometas, brisa, visões...
Tambor, doutrinas, bumba-meu-boi, maracá...
Floresta de mangue, solidão.
A ilha, os ilhéus e eu.
Volto em fevereiro, cheio de energia...
Até breve...

"Mesmo sem naus e sem rumos
mesmo sem vagas e areias
há sempre um copo de mar
para um homem navegar"
(Invenção de Orfeu, Jorge de Lima)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

SOBRE ANIMAIS, BÊBADOS E LOUCOS

MISSA DO GALO, IGREJA DO CARMO DA LAPA,
RIO, 20:00 h

A igrejinha bicentenária está cheia. Todos esperam o momento de celebrar a chegada do Deus-menino. Na metrópole a missa do galo não é feita à meia-noite como manda a tradição. A antecipação se dá por causa da violência. Chego molhado de uma chuva torrencial resultante de um dia de intenso calor. Sento quase ao final, e ao meu lado noto a presença de um bêbado. O homem está sujo, barba e cabelos enegrecidos de sujeira, um cheiro insuportável de cachaça com suor. Um verdadeira podridão humana. Eu jurei que não iria me irritar, o espírito natalino rondava meu ser já tão carcomido por uma fé deficiente.
De repente, o homem começa a esbravejar a ponto de toda a igreja voltar-se para nós.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Tempo de Advento

"Que as nuvens se abram e chova a justiça.
E na terra germine o Amor" (Profeta Isaías).


É tempo de advento. Tempo de espera. Tempo de profecias, promessas, desejos. O que há de vir? O que é o devir? No dia em que Copenhague foi um tremendo fracasso, o que resta a nós, pobres mortais? O que resta quando os líderes mundiais inescrupulosamente respiram o carbono e vomitam palavras vazias, falsas promessas? O que esperar das potências quando elas não podem nada?
"O sertão vai virar mar dá no coração
o medo que algum dia o mar também vire sertão" (Sá e Guarabira)
Na terra os sinais avisam que o tempo se cumpre. E não precisamos de religiões, de profecias, de exoterismos, de cientistas e filósofos para perceber que poderemos perecer. Copenhague está envergonhada por ter presenciado um fracasso.
No advento, o que esperar? Um salvador?
Ó terra, faça logo chover a justiça!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Breves Bregueços

Sabe o coelho de "Alice no país das Maravilhas"? Pois estou me sentindo o próprio. Na pressa absurda vivo a dizer: "É tarde, é tarde, é tarde, é tarde". Medo da rainha cortar a cabeça? Talvez. Por isso, só posso vir aqui e postar brevidades. Hummm, que a fome apertou, pois brevidade é o nome de um doce que derrete na boca. Sabem? Mas é tarde, é tarde...
1. Os arcanjos: realmente os dois filhotes estão vivinhos. Vêm beber na casa deles o dia todo, ao lado do pai e da mãe. Como são elegantes!
2. Estou com malas quase prontas para a Ilha de Lençóis, no Maranhão. Em janeiro vai ser inaugurada a casinha de livros. Quem quiser enviar livros, só me falar. Precisamos de livros para jovens e crianças. Vou filmar a inuguração, o lugar, as crianças, o povo todo. E publicarei por aqui.
3. Terça-feira (15/12) dei entrevista para o programa "Universo literário" da rádio educativa da UFMG, de Belo Horizonte. Falei sobre a lenda do rei Sebastião, livro e tese. A Rosaly, apresentadora, é um encanto. Quem quiser ouvir, segue o link. Só clicar no título da entrevista que abre o player: rádio educativa.
4.Tem mais não! Cheiro em todos e todas!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Do que a criatividade é capaz

Simplesmente maravilhoso este vídeo.
As imagens vão saltando das páginas do livro, ganham vida nos recortes em 3D. Sugiro que carreguem todo para assistirem de uma só vez, sem aquelas paradas chatas por conta da velocidade da internet. Mergulhem no mundo maravilhoso da arte.
Produção do New Zealand Book Concil.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Curtíssimas.

Voltei, enfim, e este é meu primeiro post de dezembro. Essas duas semanas foram difíceis. Não li nada dos blogs dos amigos, nem publiquei neca por aqui. Recomeço com uma lista de coisas urgentes, coisas que tenho de dar conta.
1. O filhote dos Sebinho está um belo rapazote. Aparece sempre junto com a mãe, que continua dando comida no bico do ganzelão. Linda família. E eu já fico ligado nos pios dele no matagal que fica em frente. Parece que sou o pai, ouvindo longe os apuros da cria.
2. Minha mãe e irmã estiveram comigo esses dias, vindas do Maranhão para o lançamento do Rei. Minha mãe se interessou mesmo foi pelas matas do Rio. Ela sabe o nome de tudo o que é planta e árvore. É uma mulher de dedo verde mesmo. De quebra saiu carregada de plantas. Pensei até que ela seria presa no aeroporto por contrabando.
3. Passei a semana corrigindo e elaborando provas, somando médias, contando pontos... A escola ainda reduz o homem a números. Fazer o quê.
4. Agradeço os posts de leitores e leitoras querendo saber onde eu me escondi. Gerana, Renata, Ana Tapadas, Juvenal, Cida (aqueles que preferem enviar por e-mail)... Gratíssimo pelo carinho.
5. Soube que o meu "Cirandeira" já está sendo ensaiado por um grupo de jovens do subúrbio carioca para ser encenado no natal. Benza Deus!!!
6. A tese está me consumindo. A montagem da casinha dos livros também. Rolam as dúvidas: será que a comunidade cuidará e dará valor ao sacrifício de mim e de tanta gente voluntária?
7. Sou todo dúvidas. Sou todo frangalhos. Mas a felicidade me domina.
Beijos.