entretanto...
entretanto, o que quero não tem cor, nem cheiro, nem gosto. o que quero
não tem aparência, nem altura, nem peso. o que quero, mesmo, não tem
forma, nem voz, nem pensamento; não anda, nem voa. ando grávido de uma coisa
que não faz sentido nesse mundo, mas me torna digno de mim. e me torna
imune aos homens. e me deixa plácido. e enche de vontade. descobri que habito nas frestas da espera e no tempo que não chegou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário