domingo, 3 de novembro de 2013

para cima...

para cima, mais para cima. subindo, subindo... até tocar o não tocável. o anseio do que não se vê. a vontade de fraudar o perecível. subindo, subindo... até que os dedos furem as nuvens e executem as notas mais agudas da partitura. clave de sol, de céu, de nebulosas. para cima, bem mais para cima, até que se rasgue o véu do impossível. de lá se mire a terra. debochado, o riso ecoe no vácuo porque é cisco o que parecia infindo. no diminuto é que se rege a escala do alto. para cima, mais para cima agigante-se se for capaz, suba sem medo algum. já não há quedas; todas as quedas aconteceram. todos os abismos se dilataram, os precipícios eram apenas testes. não tenha medo do alto. é por ele que nossos olhos ficam na cabeça, não nos pés. para cima, por favor!

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