quinta-feira, 25 de março de 2010

castelos de areia

Castelos de areia, gigantes de laranja e limões, carrinhos de manteiga, cavalos de gelo. A arte não sabe mais o que é matéria-prima?
Foi-se o tempo em que arte era feita pra durar. Tudo é passageiro, fugaz. E, apesar de achar bonito, tenho meus medos. Acho que estamos tão apegados ao agora que nem damos conta de que o futuro pode ser gestado.
Nosso presente é efêmero. Escorre por nossos dedos. Não se prende a nada. Sempre foi assim. Mas bolamos um jeito de fazer com que o momento fosse capturado. A arte.
O que fazer, porém, quando a arte é também passageira, e apodrece, e desmancha, e apaga-se facilmente?
Será que a fundação de nossas vidas está alicerçada sobre a areia?