sábado, 6 de novembro de 2010

sobre inspiração

Hoje estou sem um pingo de inspiração. Eu inspiro, inspiro, inspiro... e na expiração só sai vento.

Nenhuma palavra digna de eternidade, nenhum verso digno de nota, nenhuma ideia aprovável. Parece que estou anestesiado, flutuando num vácuo, cheio de um incômodo vazio. Bem feito: quem me mandou confiar em inspiração? Quem me mandou crer que poesia é filha dos céus? Quem me mandou acreditar que escrever é coisa transcendental?

Pronto. Que este post represente a poesia que não veio, a poesia que nunca virá,  a poesia do pretérito imperfeito. O pretérito inexistente. Que essa poesia lave a alma dos sedentos da verdadeira poesia. Que ela fecunde o solo do homem faminto. Que ela diga tudo sobre silêncios no seu silêncio infinito. Que ela, enfim, convide o homem a ser ausência, pois agora que tudo é barulho, e queremos nos mostrar, e queremos ser vistos, e queremos aparecer... agora é hora dos imostráveis.

Por favor, me deixa nutrir em paz minha despoesia !

Um comentário:

Cida disse...

Olá Cláudio! Naõ seja tão modesto, você é um eterno poeta!
Abroços!!!!!!!!!!