quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

canto em silêncio

Quando dentro de mim
 a noite baixa sua tenda
e a chama que estava acesa
no meu peito se apaga
é hora de lembrar que
um dia minha voz
de criança santa entoou
cantos sacros
e encheu de paz a terra
dos homens sedentos
de glória.
Aquela criança que
respirava a música dos anjos
mora dentro de mim,
bem escondida
e acende a chama
que me queima.
No entanto, estou mudo
não tenho mais sua voz.
E ela me diz que a
verdadeira voz
habita a casa do silêncio.

Um comentário:

Ana Tapadas disse...

Nada se perdeu em nós...
Lindo este poema!
Beijo