sábado, 18 de dezembro de 2010

na medida do (im)possível.

- Na medida do possível
quero estar contigo.
- Como assim?!
O possível é o provável,
uma régua finita.
Quero a desmesura,
as impossibilidades
do medir.
E também...
Quem pode querer um amor
assim, com seu começo e fim
já delimitados?
O que me lança no amor
é uma promessa
que me aponta o infinito.
E o infinito não tem régua.
Quem há de querer
amor que se esvai
com a tênue linha
do horizonte?
Sem reservas supõe
"sem régua".
Se tu só podes me amar
na medida do possível,
então deixa-me fora disto:
Meu querer será sempre
na medida do impossível.

Nenhum comentário: