quarta-feira, 25 de abril de 2012

vou te contar

Vou te contar um segredo. Segredo bom, segredo segredável. É isso. Estás preparado? É porque o que te vou anunciar fica só entre a gente, e o vento, e os pássaros, e essa atmosfera cor de fogo de uma tarde que se vai e doa uma noite morna. Estás preparado para o que te vou contar? Só nós partilharemos dessa mensagem, como se fosse pão saído do forno, quente, prestes a explodir nossas narinas; como se fora a cortina do aprtamento vizinho que teima em mostrar o imostrável, e atordoa nosso horizonte. Estás preparado para ser a ostra da minha peróla? Estás suficientemente preparado para seres a boca fechada da noite, engolidora dos astros constelares? Olha lá, heim! Tu serás o único a aninhar o segredo, e apenas na hora propícia esse ovo romperá e permitirá que todas as potestades ruflem no maravilhoso momento. Eu não sei se te devo contar. Porque o íntimo me rejubila, me liquefaz, me plasma. E, definitivamente, eu não queria ser compreendido. Definitivamente, eu não queria nada definitivo. Estás preparado? Então, lá vai...

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