sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Últimos pedidos do ano
Ô, meu pai, o que fazer com os fantasmas dos dias mal-resolvidos? Como fugir de suas perturbações, de suas gargalhadas insanas e verdadeiras? Dá-me, meu pai, o poder para exorcizar dias perdidos, em que, por desprendida vontade, eu quis ser menos; dias em que, por pura prepotência, amei a abnegação.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Pedido
Estou cheio de palavras. No entanto o silêncio me domina. E só peço que o Ano-Novo me traga a medida certa para falar e para calar. Que eu não cale quando for hora de falar, nem fale quando o momento for de contemplação. Que eu fale a palavra certa, cabível ao mundo, a palavra que falta. Que cale para ouvir as cores do meu silêncio, a sua suavidade.
Que venha o Ano-Novo cheio de graça!
Amém. Axé. Aleluia.
Que venha o Ano-Novo cheio de graça!
Amém. Axé. Aleluia.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Bethlehem star, Estrela de Belém
Que surja uma nova estrela do Oriente e nos oriente o caminho, porque os homens não sabemos mais viver o Natal. E o mundo anda escuro demais. Que brilhe a estrela de Belém novamente no coração da humanidade. Temos sede de luz. Feliz e abençoado natal!
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Sugar-loaf, Rio, Brazil

Sugar-loaf, Rio, Brazil
Upload feito originalmente por cláudio rodrigues
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Lapa Rio bonde
Esta é a Lapa. Bairro barroco, onde o sagrado e o profano se confundem. O rico e o pobre se misturam. O desvario e o desterro se completam. A Lapa é o paradoxo por excelência. Outrora lugar da malandragem; hoje, palco das tribos urbanas. Atrás do aqueduto, a pesada estrutura cônica da Catedral constrasta com a leveza dos arcos e a alegria do bondinho.
sábado, 18 de dezembro de 2010
na medida do (im)possível.
- Na medida do possível
quero estar contigo.
- Como assim?!
O possível é o provável,
uma régua finita.
Quero a desmesura,
as impossibilidades
do medir.
E também...
Quem pode querer um amor
assim, com seu começo e fim
já delimitados?
O que me lança no amor
é uma promessa
que me aponta o infinito.
E o infinito não tem régua.
Quem há de querer
amor que se esvai
com a tênue linha
do horizonte?
Sem reservas supõe
"sem régua".
Se tu só podes me amar
na medida do possível,
então deixa-me fora disto:
Meu querer será sempre
na medida do impossível.
quero estar contigo.
- Como assim?!
O possível é o provável,
uma régua finita.
Quero a desmesura,
as impossibilidades
do medir.
E também...
Quem pode querer um amor
assim, com seu começo e fim
já delimitados?
O que me lança no amor
é uma promessa
que me aponta o infinito.
E o infinito não tem régua.
Quem há de querer
amor que se esvai
com a tênue linha
do horizonte?
Sem reservas supõe
"sem régua".
Se tu só podes me amar
na medida do possível,
então deixa-me fora disto:
Meu querer será sempre
na medida do impossível.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Até não poder mais.
Eu posso.
Quando quero, posso.
Isso consola minha dor
Isso consola todas
as minhas palpitações.
Minhas dúvidas podem
não ser respondidas,
mas certamente as caricias
desse poder as conforta.
Vejo uma formiga
Ela carrega mil vezes
o seu peso.
Vejo um sebinho apressado
constrói um ninho com
milhares de gravetos.
Vejo uma semente
que foi inchando e
explodiu o maravilhoso
como se fora a explosão
de mil sóis.
E então não sou digno
de poder?
Não posso viver
o poder benignamente
até não poder mais?
Quando quero, posso.
Isso consola minha dor
Isso consola todas
as minhas palpitações.
Minhas dúvidas podem
não ser respondidas,
mas certamente as caricias
desse poder as conforta.
Vejo uma formiga
Ela carrega mil vezes
o seu peso.
Vejo um sebinho apressado
constrói um ninho com
milhares de gravetos.
Vejo uma semente
que foi inchando e
explodiu o maravilhoso
como se fora a explosão
de mil sóis.
E então não sou digno
de poder?
Não posso viver
o poder benignamente
até não poder mais?
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Brincadeira de criança
Se o universo é infinito
se não existe régua
para medir espaço e tempo
pode-se dizer que
o mundo é uma criança-eterna
a brincar de criação
a inventar maravilhas
para satisfazer
suas vontades novidadeiras.
Criança birrenta, eufóricacheia de melindres
e espanto.
Vai ver por isso
o Hubble conseguiu uma proeza:
capturou a criança eterna
fazendo bolha-de-sabãonuma galáxia vizinha.
Veja a matéria aqui.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Tempo de espera

redsun2
Upload feito originalmente por cláudio rodrigues
Upload feito originalmente por cláudio rodrigues
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Mandacaru

Mandacaru
Upload feito originalmente por cláudio rodrigues
Corcovado
O Cristo do Corcovado, braços abertos sobre a cidade. A paz inquieta lá embaixo numa luta armada. Um dia paz não será mais ausência de guerra. Oxalá!
Tcham nam!
Este e meu primeiro post usando como ferramenta este incrível iPad. Fantástico o mundo tecnológico! O tablet faz quase tudo mesmo e tem o tamanho de um livro. Maravilha das maravilhas! Aonde chegaremos, santo deus!
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
frescuras
Aquela estradinha
que ia dar no canal
onde nós, crianças,
nos refrescávamos
nas tardes domingueiras
era para nós
itinerário de safadezas.
Porque a gente não
apenas se refrescava
como também
frescava muito.
Tibungando na água
barrenta a gente
brincava de conceber
o mundo.
O que seria da vida
se não fossem
certas frescuras?
que ia dar no canal
onde nós, crianças,
nos refrescávamos
nas tardes domingueiras
era para nós
itinerário de safadezas.
Porque a gente não
apenas se refrescava
como também
frescava muito.
Tibungando na água
barrenta a gente
brincava de conceber
o mundo.
O que seria da vida
se não fossem
certas frescuras?
canto em silêncio
Quando dentro de mim
a noite baixa sua tenda
e a chama que estava acesa
no meu peito se apaga
é hora de lembrar que
um dia minha voz
de criança santa entoou
cantos sacros
e encheu de paz a terra
dos homens sedentos
de glória.
Aquela criança que
respirava a música dos anjos
mora dentro de mim,
bem escondida
e acende a chama
que me queima.
No entanto, estou mudo
não tenho mais sua voz.
E ela me diz que a
verdadeira voz
habita a casa do silêncio.
a noite baixa sua tenda
e a chama que estava acesa
no meu peito se apaga
é hora de lembrar que
um dia minha voz
de criança santa entoou
cantos sacros
e encheu de paz a terra
dos homens sedentos
de glória.
Aquela criança que
respirava a música dos anjos
mora dentro de mim,
bem escondida
e acende a chama
que me queima.
No entanto, estou mudo
não tenho mais sua voz.
E ela me diz que a
verdadeira voz
habita a casa do silêncio.
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