quinta-feira, 26 de maio de 2011

Com-postagem

tanta bosta... o que fazer com ela? que fazer para que a merda sirva? já me mandaram tanto vir à merda, que... olhe onde estou... já me falaram tanta merda, que... sinta o odor das palavras... já me deram tanta merda de presente, que... veja a ruma, o monturo... eu devia terminar cada período com o ponto de exclamação, mas é que tenho aversão por ponto de exclamação. e se prefiro reticências a exclamação, não é porque quero deixar as coisas por dizer, assim, jogadas na merda. é porque sinto que esses três pontinhos têm muito poder, prolongam tudo. e também porque, esteticamente, não gosto desse ponto com uma trave nas costas. tenho pena do ponto de exclamação. é um coitado a carregar um pau nas costas e suplicar: "por que me meteram essa merda?". e agora lembrei que esse texto está contrariando a merda da regra gramatical, quando inicio cada período sem maiúscula. quem manda no meu texto sou eu, não é a merda da gramática não. aqui ela fica caladinha, metida na sua santa arrogância, que vá chorar lá pras suas alcoviteiras. agora você entende o sentido do título desta postagem? é isso. nada é tão inútil nesse mundo, nem a merda. Com merda se faz adubo, que dá vigor à semente, vida nova. e é merda que os atores desejam entre si antes de um espetáculo. Boa merda pra mim...

2 comentários:

Letícia Palmeira disse...

Merda para mim também. Merda para todos. E sem compostura. E eu prefiro reticências. Sempre.

Ana Tapadas disse...

Já agora para mim também! Ando mesmo uma ... final de ano, algumas alergias de Primavera ou será primavera, com o nosso desacordo ortográfico a começar no próximo ano lectivo...já viu serei a m...de uma professora de Português que não sabe escrever...
Beijo