
Desejo só é bom quando tem um quê de realização. Mesmo que leve anos ou décadas para ser concretizado. O meu desejo, porém, é inimigo do tempo. Quanto mais o tempo passa, mais ele ganha dimensões de nada. Razão inversamente proporcional. Mas é que o tempo nunca anda para trás. E meu desejo tem olhos no que já foi, não tem cara de futuro, tem olhos atrás da cabeça.
Acordei com sede. A boca seca. Fui até a geladeira, peguei a jarra, bebi toda a água. E a sede não cessou. Fiquei confuso e intrigado. Então eu não sabia mais nem traduzir minhas ausências?!
Foi então que me olhei no espelho. E a sede se mostrou em toda sua plenitude. Era a sede da juventude. Onde eu perdera a fonte?
(crédito da imagem: A persistência da memória, Dali)
2 comentários:
oi, claudio, bem legal o texto! e a relação com o dali! gostei. parabéns. abração
ih, ahahahaha, o cara antes aí, claudio, sou eu, pucheu... abração
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